Flora Nwapa, a mãe da literatura africana moderna, chega na Moinhos
Florence Nwanzuruahu Nkiru Nwapa, conhecida mundialmente como Flora Nwapa, foi uma escritora, publicitária e educadora nigeriana, e a primeira escritora africana a ser publicada em língua inglesa no Reino Unido e de ser a primeira mulher a montar uma gráfica em seu país.
Nascida na cidade de Oguda, em 1931 (período da colonização britânica na Nigéria), Flora Nwapa cursou a escola secundária em Lagos (Nigéria), na Universidade de Ibadan (Nigéria) e na Universidade de Edimburgo (Escócia). Voltou ao seu país em 1967, quando dava início a Guerra de Biafra, e aceitou o cargo de Ministra da Saúde e Segurança Social, onde trabalhou com órfãos e refugiados e ajudou na reconstrução do país após a guerra civil.
Seu embarque no mundo literário começou um ano antes, em 1966, quando seu primeiro romance foi publicado, com o aval do também romancista nigeriano Chinua Achebe. A partir daí, publicou outras obras e foi a primeira mulher africana a fundar a própria editora, a Tana Press (1974). Em seguida, abriu a Flora Nwapa Company (1977), publicando obras também voltadas ao público infantil.
A autora faleceu em 1993, aos 62 anos, mas deixou um legado imenso. Hoje, além de ser conhecida como a Mãe da moderna literatura africana, é referência declara de escritoras vindas do seu continente, como Buchi Emecheta e Chimamanda Ngozi Adichie. Embora nunca tenha se declarado feminista (preferia ser chamada de “mulherista”), sua vida e obra giraram em torno da vivência da mulher nigeriana e seu papel na sociedade, assim como a defesa pelos direitos igualitários.
Se um breve relato sobre a vida de Flora Nwapa já revela sua personalidade marcante, imagina o que carrega sua literatura! E você vai descobrir em breve, pois a escrita da autora nigeriana está chegando pela primeira vez ao Brasil pelos bons ventos da Moinhos!
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