O Prêmio Oceanos, um dos mais importantes prêmios literários em língua portuguesa, anunciou na manhã de hoje (09/12/2022) as três obras vencedoras. O júri final composto pelos brasileiros Cristhiano Aguiar, Guilherme Gontijo Flores, Joselia Aguiar e Júlia de Carvalho Hansen; o moçambicano Artur Bernardo Minzo; e as portuguesas Ana Cristina Leonardo e Helena Vasconcelos, consagraram Líbano, labirinto, da portuguesa Alexandra Lucas Coelho o grande vencedor.

Alexandra é lisboeta e tem 14 livros publicados, entre ficção, não ficção e infantojuvenis. Com experiência de 30 anos como repórter, cronista e editora, na rádio e na imprensa, recebeu vários prêmios de jornalismo e de literatura, com destaque, em 2012, para o Grande Prêmio da Associação Portuguesa de Escritores (APE) por seu romance de estreia, E a noite roda.

O segundo lugar foi para Museu da Revolução, do moçambicano João Paulo Borges Coelho, publicado por aqui pela Editora Kapulana. Esta é a segunda vez na história do Oceanos que um livro moçambicano se classifica entre os vencedores – na edição de 2018, o livro de poemas O deus restante, de Luís Carlos Patraquim, ficou entre os premiados.

João Paulo Borges Coelho nasceu no Porto, Portugal, em 1967, e naturalizou-se moçambicano. É escritor, historiador e professor da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo. Publicou 13 livros, entre os quais destacam-se As visitas do Dr. Valdez, vencedor do Prémio José Craveirinha, e O olho de Hertzog, vencedor do Prémio LeYa.

O terceiro lugar é da pernambucana Micheliny Verunschk. A premiada escritora e historiadora, mestre em Literatura e Crítica Literária e doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC São Paulo, já publicou dez livros, entre poesia e prosa, sagrando-se pelo seu O rugido da Onça.