Com a participação de 20 escritores de Belo Horizonte, a Chama será lançada no dia 1, quinta-feira, na UFMG, com distribuição gratuita

Criada em 2016 pela jornalista Flávia Denise de Magalhães, a Revista Chama tem contribuído, ao longo dos anos, com o cenário literário de Belo Horizonte, dedicando suas páginas à publicação de textos literários de novas autoras e autores da cidade. Até agora as três edições da revista, somam mais de 50 escritores publicados, demonstrando a diversidade e a qualidade da literatura feita na capital mineira.

Para esta edição, a curadoria recebeu mais de 250 inscrições e dessas, 20 foram selecionadas. Não foi uma tarefa fácil para a equipe da Chama, mas o número alto de pessoas inscritas demonstra a efervescência literária da cidade. “Belo Horizonte é uma cidade de vocação literária. Poderia dizer só apontando o número de inscritos para a terceira edição da Chama, mas tem muitos lançamentos de livros acontecendo na cidade, cursos, editoras em atividade, etc. Para mim, fica claro que o que falta à cena são mais espaços para a publicação de novos autores e é aí que a Chama apresenta sua contribuição”, explica Flávia Denise.

Os temas escolhidos para a terceira edição, buscaram comportar, através dos olhares literários, os últimos anos vividos no Brasil e no mundo, os quais foram marcados por pandemia, guerra, crise financeira, avanço da extrema direita, crise climática, dentre outros fatos enfrentados pela população mundial. “A definição do tema partiu da leitura e seleção dos textos. Conforme a equipe foi realizando a leitura, o cruzamento dos temas e suas relações tornavam mais evidentes e, como uma constelação, começou a formar um desenho nítido, cujos traços, desta vez, foram guiados por dois temas principais e urgentes: anticapitalismo e estranhamento”, explica Val Prochnow, jornalista e uma das curadoras da Chama.

Com distribuição gratuita, a Revista Chama traz também um projeto gráfico que enaltece os temas abordados em sua terceira edição. Segundo Mário Vinícius, um dos editores e responsável pelo design da revista, a capa foi pensada buscando “trazer à tona um certo estranhamento, de modo que o logotipo da publicação sofresse uma perturbação gráfica. Depois que os temas foram escolhidos, convidei Leonora Weissmann e Preto Matheus para ilustrarem a revista, já que seus trabalhos lidam diretamente com o estranhamento em realidades rotineiras e familiares e com a crítica ao capitalismo e suas contradições ”, explica Vinicius.

Ilustrado por Leonora Weissamann, Alexandre Junior e Preto Matheus, e com a publicação de textos em prosa e poesia, a Revista Chama será lançada no próximo dia 1, quinta, a partir das 16h, na Faculdade de Letras (FALE-UFMG), como parte da programação da Festa do Livro Independente.

Serviço:

Lançamento Revista Chama#3
96 p.
1.000 cópias impressas
Distribuição gratuita

Equipe
Edição geral
Flávia Denise de Magalhães é jornalista, especializada em Publishing na NYU, mestre em Estudos de Linguagens no Cefet-MG e doutoranda em Estudos Literários na UFMG. É professora do curso pós-graduação Processos Criativos em Palavra e Imagem na
PUC Minas. Trabalhou na revista Ragga e nos jornais Estado de Minas e O Tempo. Ela é idealizadora da revista Chama e faz parte do conselho editorial da revista de ficção científica Nove Amanhãs. Pesquisa feiras de publicações independentes e experimentais, campo editorial literário e processos editoriais.

Edição de poesia
Val Prochnow publicou Inventário de mulheres possíveis (Ed. Modular, 2017). Depois a Noite, seu segundo livro, será lançado no início de 2023 pela Crivo Editorial. É jornalista especializada em assessoria de imprensa na área cultural, pós-graduada em revisão e preparação de textos. Ministra, desde 2019, oficinas de literatura e escrita e faz preparação de textos originais literários para publicação em formatos diversos.

Thiago Pimentel é mestre em Literaturas em Línguas Estrangeiras e em Literaturas Comparadas pela Universidad de Buenos Aires (UBA), Especialista em Artes Plásticas e Contemporaneidade (Guignard) e também Especialista em Revisão de Textos (PUC Minas). Na poesia, destaca-se a tradução do livro Estranhas experiências, de Claudio Willer, editado pelo selo Nulú Bonsai Editora (2018) sob o título Extrañas experiencias. O projeto de tradução foi selecionado pelo Programa de Apoio à Tradução e à Publicação de Autores Brasileiros no Exterior, pelo Centro de Cooperação e Difusão da Fundação Biblioteca Nacional (FBN-RJ).

Capa e edição gráfica
Mário Vinícius é designer tipo/gráfico. Doutor em Estudos de Linguagens – linha IV, Edição, Linguagem e Tecnologia – pelo CEFET-MG, é mestre em Design Gráfico Multimídia pela École Supérieure d’Art des Pyrénées (ESAP-Pau) e pós-graduado (postmaster) em Tipografia no Atelier National de Recherche Typographique (ANRT). É autor, com Wagner Moreira, de terralegria (Impressões de Minas, 2020) e organizador, com Ana Elisa Ribeiro, de Minas GeoGráfica (DEDC/LED/Impressões de Minas, 2019), além de editor gráfico da revista Chama. Dentre seus campos de atuação, destacam-se o design editorial e a criação de tipos.

Coordenação editorial
Samara Coutinho é bacharela em Letras e mestra em Edição, Linguagem e Tecnologia pelo Programa de Pós Graduação em Estudos de Linguagem do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG). Desenvolveu pesquisas nas áreas da materialidade de impressos e do mercado editorial, voltadas, principalmente, para o campo das editoras independentes. Atualmente segue pesquisando o mercado de livros no doutorado e atua como produtora cultural.

Conselho editorial
Ana Elisa Ribeiro, José de Souza Muniz Jr., Luis Alberto Brandão, Maria Adircila Starling e Renata Moreira