As fontes do paraíso, de Arthur C. Clarke, em nova edição
Uma nova edição de As fontes do paraíso chega ao catálogo da Aleph, com capa ilustrada por Mateus Acioli e tradução de Susana L. de Alexandria, após sete anos da primeira edição. O livro é um clássico de Arthur C. Clarke, com uma narrativa que atravessa milênios. Vencedora dos prêmios Hugo e Nebula, os dois maiores prêmios da ficção científica, a obra foi publicada pela primeira vez em 1979.
Além de abordar o conflito entre ciência e religião em um contexto de avanço tecnológico, a história é marcante pelo seu cenário. Ela se passa no país fictício Taprobana, que Clarke afirmou ser inspirada no Sri Lanka, onde ele viveu a maior parte de sua vida. Outros temas presentes na obra são a colonização espacial pela Terra e o primeiro contato humano com vida alienígena inteligente.
Há dois mil anos, o rei Kalidasa desafiou sua família e sua religião para empreender uma verdadeira maravilha arquitetônica: a construção de um suntuoso palácio no topo de uma montanha, cercado de jardins e fontes incomparáveis, que o alçaria aos céus e o igualaria aos deuses.
Vinte séculos depois, o ambicioso engenheiro Vannevar Morgan se propõe a criar uma ponte que ligará a Terra ao espaço sideral. No meio desse caminho, porém, surge um obstáculo inesperado: um monastério budista localizado sobre a única montanha em que seu projeto poderia ser construído.
Ao mesmo tempo, a humanidade detecta um estranho sinal de rádio, de origem não humana, vindo de uma das regiões mais improváveis do espaço. Pela primeira vez na história o planeta Terra é contatado por uma raça alienígena que, ao que tudo indica, está cada vez mais próxima.
Arthur C. Clarke desenvolveu, desde cedo, o interesse pela ciência e pela ficção científica. Após o ensino médio, mudou-se para Londres, onde se tornou membro da Sociedade Interplanetária Britânica e estudou Física e Matemática no King’s College. Em 1956, Clarke mudou-se para o Sri Lanka, onde continuou a escrever seus livros e artigos. Lá viveu até sua morte, em 19 de março de 2008, aos 90 anos. Clarke deixou um legado que ultrapassa os limites da literatura, além dos mais de cem milhões de livros vendidos no mundo inteiro, e foi homenageado pela NASA, que nomeou a sonda não tripulada enviada a Marte de 2001 Mars Odyssey. Também em reconhecimento ao trabalho do autor, o asteroide 4923 foi batizado com seu nome, assim como uma espécie de dinossauro Ceratopsiano, o Serendipaceratops arthurclarkei.