11 de fevereiro de 2022

O superurso, de Nick Bland, brinca com as fronteiras entre imaginação e realidade

Sétimo livro da série iniciada pelo sucesso de vendas O urso rabugento,
título traz personagem já conhecida do premiado autor australiano

Nick Bland, premiado autor e ilustrador australiano, é conhecido por sua série de seis livros com o mesmo personagem: um urso, que já foi rabugento (O urso rabugento, 2014), pulguento (O urso pulguento, 2014), esfomeado (O urso esfomeado, 2015), corajoso (O urso corajoso, 2016), barulhento (O urso barulhento, 2017) e sonolento (O urso sonolento, 2019). O primeiro livro desta série bem-sucedida segue sendo um best-seller.

É também autor de outras obras conhecidas, como o divertido O livro errado, premiado pela revista Crescer;  o delicado A árvore magnífica, que foi ilustrado pelo premiado australiano Stephen Michael King; e A fabulosa máquina de amigos, outro best-seller, que fala às crianças sobre o fascínio e os perigos das relações mediadas pela tecnologia.

Agora, Bland traz de volta seu urso – dessa vez como O superurso – para viver uma aventura que, por um lado, remete aos temas favoritos do autor, como as relações pessoais, a amizade e a natureza, por outro, coloca em jogo de forma irreverente as fronteiras entre fantasia e realidade; entre ideal e possível.

Na história, o urso encontra na floresta uma bela toalha xadrez, que logo transforma em capa. Ali, o Superurso agita a sua capa de um lado para outro, como se tivesse superpoderes. Até que ouve um pedido de socorro vindo do alto da árvore: um elefante subiu e não consegue mais descer.

"Com essa capa não posso voar", responde o urso, fazendo uma distinção bem clara entre o faz de conta e a realidade, nesse momento em que os dois mundos parecem se encontrar.

Mesmo assim, o urso sai em socorro do elefante. Depois de um resgate meio atrapalhado, nosso herói encontra Manso, o ganso, que o alerta sobre a presença de um monstro amarelo devorador de árvores. Manso, uma coruja e toda a floresta também precisam da ajuda de um "super". Será?

"Não sou um superurso. Mas vou ver o que posso fazer". Mesmo consciente de suas limitações – e dos poderes que sua fabulação sugere, só disponíveis na fantasia –, o urso empenha-se em resolver os problemas que vão surgindo e ajudar os novos amigos, demonstrando que a força de suas ações não está em sua capa.

*

NICK BLAND nasceu em uma fazenda em Yarra Valley, em Victoria, na Austrália, em 1973. Filho de um artista e de uma professora de educação infantil, ele passou a infância subindo em árvores e fazendo travessuras no estúdio de seu pai. Quando Nick se mudou, aos 6 anos, descobriu um mundo novo e maravilhoso, e sua criatividade floresceu.

Nick sempre disse à família e aos amigos que ia ser cartunista e escritor. Isso só viria a acontecer em 1996, quando, começando a trabalhar em uma livraria, encontrou um meio de conciliar esses dois amores. Ainda sem experiência, ele passou dois anos estudando todos os livros de imagem que chegavam às prateleiras e começou a aprimorar seu estilo como contador de histórias e ilustrador. Ele agora vive na tropical Darwin, onde começou a trabalhar em tempo integral como ilustrador e autor.