21 de janeiro de 2016

Ladainha

pela dúvida; Lispector, rogai pela bruma; Camões, rogai pelo engenho; Homero, rogai por Belerofonte; Debussy, rogai pelo vago; Alphonsus, rogai pela lua; Munch, rogai pelo grito; Safo, rogai pelo verso; Sófocles, rogai pela esfinge; Cervantes, rogai pelo riso; Schiller, rogai pelo sentimental; Schlegel, rogai pelo fragmento; Benjamin, rogai pelo rastro; Quintana, rogai pelo puro; Baudelaire, rogai pela sinestesia; Mallarmé, rogai pelo espaço; Braga, rogai pela crônica; Bergman, rogai pelo sete; Caravaggio, rogai pelas sombras; Vieira, rogai pelo xadrez; Camus, rogai pelo estrangeiro; Villa-Lobos, rogai por Bach; Rosa, rogai pelo neologismo; Kafka, rogai pelo asco; Bashô, rogai pelo outono; Cecília, rogai pelo instante; Mário, rogai pelo verso harmônico; Pessoa, rogai pelos poetas; Cabral, rogai pelas fezes; Cruz e Sousa, rogai pela assonância; Shakespeare, rogai por Hamlet; Augusto dos Anjos, rogai pelo eu; Nietzsche, rogai por esta ladainha; Warhol, rogai pela repetição; Borges, rogai pela biblioteca; Byron, rogai pela treva; Derrida, rogai pelo indecidível; Octavio Paz, rogai pelos filhos do barro; Cage, rogai pelo silêncio; Faustino, rogai pelo roxo; Álvares, rogai pela binomia; Oswald, rogai pelo amor; Dalí, rogai pelo sonho; Wordsworth, rogai pela paixão recolhida; Cortázar, rogai pela amarelinha; Haroldo, rogai pela galáxia; Victor Hugo, rogai pelo grotesco sublime; Rimbaud, rogai pela alquimia; Orides Fontela, rogai pela transposição; Eisenstein, rogai pela montagem; Perec, rogai pela coleção; Marinetti, rogai pela palavra em liberdade; Barthes, rogai pela escrita; Kubrick, rogai pela elipse; Leminski, rogai pela síntese; Chopin, rogai pelo anoitecer; Junqueira Freire, rogai pelo delírio; Miles Davis, rogai pelo blue; Pollock, rogai pelo cinza; Dante, rogai viagem; Bilac, rogai pela forma; Poe, rogai pelo breve; Alencar, rogai pelo artifício; Vinícius de Moraes, rogai pela bênção; Dürer, rogai pela melancolia; Drummond, rogai pela procura da poesia; Tynianov, rogai pelo ritmo; Cláudio Manuel, rogai pelos penhascos; Eliot, rogai pela tradição; Taveirós, rogai pela língua; Salomão, rogai pelo tédio; Bandeira, rogai pela morte; Hitchcock, rogai pela vertigem; João da Cruz, rogai pela noite escura; Sartre, rogai pela solidão; Heidegger, rogai pela angústia; James Joyce, rogai pelo cíclico; Machado rogai