A poesia de Cristiano Rufino
meus
esforços hercúleos
de malícia
obtusa
ardem mais que mercúrio
quando
encosta em medusa?
pelo sonho de ícaro
te ofereço um narciso
oh
dengosa
sereia
por teu corpo suplico
e enfrento odisseia
espalhados estamos
como numa aquarela
são gemidos estranhos
ou
onomatopeias?
és minha linda
isabella
em coito comigo
abafando os gritos
do
matinta pereira
carta aos terráqueos 2014
dedos impuros
agarrando, inseguros
soberbas apostas
em cima do muro
chupando piroca
desatento, repreendo
terra louca e depravada
vento corre em tormento
me embriago com veneno
esperando a alvorada
lunáticos terráqueos
sabem tudo e sabem nada
quase sempre obsessos
num contínuo retrocesso
alcançando tal "sucesso"
na base da porrada
a coisa aqui tá braba
é hora da debandada
componho uma canção
e parto em retirada
sem muita inspiração
para a próxima jornada...