Por LiteraturaBr
23 de setembro de 2014
A poesia de Eduardo Ariede
Odeio o verão e seus dias ensolarados.
Caminho pela cidade e toda sombra projeta seu contorno.
Os sons que as folhas emitem com o sopro do vento ecoam o seu nome.
O Sol escaldante refletido nas lajotas da rua lembra seu sorriso.
O suor que escorre da minha testa tem seu perfume.
O sorvete que tanto refresca tem gosto do seu corpo.
Respirar se torna a mais difícil das tarefas.
Nunca aceitei sua partida sem data para voltar.
Esse maldito hiato que só você quis.
Essa sensação de copo meio vazio que nunca me vai embora.
Essa sede de você, que nunca termina, nesse verão maldito.